sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

HO'OPONOPONO

Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato.

Foi também no curso de Formação Holística da UHB - Universidade Holística do Brasil, que ouvi falar pela primeira vez do Ho'oponopono, um processo havaiano de cura que parte do princípio de que você é 100% responsável por tudo o que está na sua vida, simplesmente porque está na sua vida. Aceitar isso não é uma coisa fácil porque toda vez que temos um problema, o primeiro pensamento é procurar alguém ou alguma coisa para culpar, isso é instintivo, quase sempre procuramos fora de nós a origem de nossos problemas. Veja o texto Sobre Responsabilidade, aqui.

Quando conheci a história do Dr. Len, um terapeuta que curou um pavilhão inteiro de doentes mentais perigosos no Hospital do Estado do Havaí, apenas utilizando a técnica Ho'oponono, fiquei fascinada e intrigada ao mesmo tempo. Logo comecei a praticar e a buscar cada vez mais informações a respeito do assunto. Ho'oponopono fala de responsabilidade, de perdão e de amor. Ho'oponopono serve para limpar as memórias dolorosas que temos em relação a algumas pessoas, lugares ou coisas, recordações dolorosas que compartilhamos com essas pessoas, lugares ou coisas e que ficam se repetindo como problemas em nossas vidas. Pronunciando essas quatro frases - Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato.-, você pede a Deus que limpe essas memórias e liberte a energia geradora de dor; então, ao apagar as memórias, a energia é transmutada em luz e você se sente livre e em paz, sem necessidade de saber de quem é a culpa, sem precisar entender o porquê do problema. Basta pedir à Divindade que limpe em você o que possa estar contribuindo para gerar aquele problema, pedir para que a Divindade limpe e purifique a origem do problema, que são as recordações e memórias compartilhadas.

Para que você entenda melhor o processo, transcrevo um artigo de Joe Vitale - autor de livros sobre o tema - escrito em 2006 e divulgado na internet:

HO'OPONONO - por Joe Vitale
Há dois anos ouvi falar de um terapeuta no Havaí, que curou um pavilhão inteiro de pacientes criminais insanos sem sequer ver nenhum deles. O psicólogo estudava a ficha do preso e, em seguida, olhava para dentro de si mesmo, a fim de ver como ele havia criado a enfermidade dessa pessoa. À medida que ele melhorava, o paciente também melhorava.
A primeira vez que ouvi essa história pensei tratar-se de alguma lenda urbana. Como podia alguém curar a outro, somente através de curar-se a si mesmo? Como podia, ainda que fosse o mestre de maior poder de auto cura, curar a alguém criminalmente insano?
Não tinha nenhum sentido, não era lógico, de modo que descartei essa história. Entretanto, a escutei novamente um ano depois. Soube que o terapeuta havia usado um processo de cura havaiano chamado "Ho'oponopono".

Nunca ouvira falar dele, no entanto não conseguia tirá-lo de minha mente. Se a história era realmente verdadeira, eu tinha que saber mais.
Sempre soubera que total responsabilidade significava que eu sou responsável pelo que penso e faço. O que estiver além, está fora das minhas mãos. Acho que a maior parte das pessoas pensam o mesmo sobre responsabilidade. Somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que fazem os outros. O terapeuta havaiano que curou essas pessoas mentalmente enfermas me ensinaria uma nova perspectiva avançada sobre o que é total responsabilidade.
Seu nome é Dr. Ihaleakala Hew Len.

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Imagem da internet
 
Passamos, provavelmente, uma hora falando em nossa primeira conversa telefônica. Pedi-lhe que me contasse toda a história de seu trabalho como terapeuta. Ele explicou-me que havia trabalhado no hospital do Estado do Havaí durante quatro anos. O pavilhão onde encerravam os loucos criminais era perigoso. Em regra geral, os psicólogos se demitiam após um mês de trabalho ali, e a maior parte do pessoal do hospital ficava doente ou se demitia.
As pessoas que passavam por aquele pavilhão simplesmente caminhavam com as costas contra a parede, com medo de serem atacadas pelos pacientes. Não era um lugar bom para viver, nem para trabalhar, nem para visitar. O Dr. Len disse-se que nunca viu os pacientes. Assinou um acordo para ter uma sala no hospital e revisar os seus prontuários médicos. Enquanto lia os prontuários, ele trabalhava sobre si mesmo.
E enquanto ele trabalhava sobre si mesmo, os pacientes começaram a curar-se.
"Depois de poucos meses, os pacientes que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente", disse-me.
"Outros, que tinham que ficar fortemente medicados, começaram a ter suas medicações reduzidas. E aqueles que não tinham jamais qualquer possibilidade de serem liberados, receberam alta".
Eu estava assombrado.
"Não foi somente isso", continuou, "até o pessoal começou a gostar de ir trabalhar. O absenteísmo e as mudanças de pessoal desapareceram. Terminamos com mais funcionários do que necessitávamos, porque os pacientes eram liberados e todo o pessoal vinha trabalhar. Hoje, aquele pavilhão do hospital está fechado."
Foi nesse momento que eu tive que fazer a pergunta de um milhão de dólares:
"O que o senhor fez a si mesmo para ocasionar tal mudança nessas pessoas?"
"Eu simplesmente estava curando aquela parte em mim  que os havia criado", disse ele.
                      
Não importa que tipo de problema existe, trabalhe em você mesmo.”
Ihaleakala Hew Len

Não entendi. O Dr. Len explicou-me, então, que entendia que total responsabilidade por nossa vida implica em tudo o que está na nossa vida, pelo simples fato de estar em nossa vida e ser, por esta razão, de nossa responsabilidade. Num sentido literal, o mundo todo é criação nossa.
Uau! Mas isso é duro de engolir. Ser responsável pelo o que digo e faço é uma coisa, ser responsável pelo que diz e faz outra pessoa que está na minha vida é muito diferente.
Apesar disso, a verdade é essa: Se você assume completa responsabilidade por sua vida, então tudo o que você olha, escuta, saboreia, toca ou experimenta de qualquer forma é de sua responsabilidade, porque está em sua vida.
Isto significa que a atividade terrorista, o presidente, a economia ou qualquer coisa que você experimenta e não gosta, está ali para que você a cure. Tudo isso não existe, digamos, exceto como projeções que saem do seu interior. O problema não está neles, está em você, e, para muda-lo, você é que tem que mudar.

Sei que isso é difícil de entender, menos ainda de aceitar ou de realmente vivenciar. Colocar a culpa em outra pessoa é muito mais fácil que assumir a total responsabilidade ,mas, enquanto conversava com o Dr. len, comecei a compreender essa cura dele, e que o Ho'oponopono significa amar-se a si mesmo. Se você deseja melhorar sua vida, você deve curar sua vida. Se você deseja curar alguém, mesmo um criminoso mentalmente doente, você o faz curando a si mesmo.
Perguntei ao Dr. Len como ele curava a si mesmo. O que era, exatamente, que ele fazia quando olhava os prontuários daqueles pacientes.
"Eu simplesmente permanecia dizendo 'Eu sinto muito' e 'Te amo', uma vez após outra", explicou-me.
"Só isso?"
"Só isso! Acontece que amar-se a si mesmo é a melhor forma de melhorar a si mesmo e, à medida que você melhora a si mesmo, melhora o seu mundo."

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O Ho'oponopono é mais uma ferramenta para nos auxiliar no processo contínuo de ser melhor a cada dia, de construir uma vida mais saudável e em harmonia. É uma ferramenta incrível que tenho utilizado em muitos momentos da minha vida, desde então, e com a qual tenho obtido resultados muito interessantes. Descobri, por exemplo, que quando pratico Ho'oponopono minhas energias vão sendo aos poucos restauradas, então eu me desligo daquilo que estava me incomodando e o problema muitas vezes deixa de existir, simplesmente porque mudo a maneira de olhar para ele. É como se eu saísse do centro do furacão e passasse a observar tudo de um outro ângulo, de uma distância segura o suficiente para não confundir o problema comigo mesma. O Ho'oponopono me possibilita estar mais no presente, mais próxima de quem realmente sou. E quanto mais me conheço e reconheço em mim a responsabilidade por tudo, menos expectativas eu crio em relação às coisas e às pessoas ao meu redor, menos poder eu dou a elas e mais forte e determinada me sinto.
 
Sinto muito. Por favor, me perdoe. Obrigada. Eu te amo.


Links relacionados:
A Força do Ho'oponopono
http://somostodosum.ig.com.br/artigos/espiritualidade/a-forca-do-hooponopono-12439.html

A incrível Arte da Cura dos antigos Kahunas do Havaí
http://magiadailha.blogspot.com.br/2012/05/hooponopono-incrivel-arte-de-cura-dos.html

Entrevista Com o Dr. Ihaleakala Hew Len
http://www.luzdegaia.org/hooponopono/len/entrevista_com_dr_Len.htm

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Sobre responsabilidade...

Qual a sua responsabilidade
na desordem da qual você se queixa?
Sigmund Freud
 
Tive minha primeira lição sobre responsabilidade há alguns anos, quando comecei um curso de Formação Holística na UHB - Universidade Holística do Brasil. Fiz minha matrícula quando o curso já estava em andamento, então o meu primeiro dia de aula já era o terceiro para os demais alunos, e o tema do encontro era astrologia.

Um pouco antes do intervalo para o almoço o professor avisou que à tarde faria uma análise dos nossos mapas e para isso precisaria das folhas preenchidas com os dados de cada um, e, percebendo que não tinha meus dados em mãos, orientou-me a procurar a diretora para resolver a questão. Foi o que eu fiz. A diretora foi bastante solícita e rapidamente providenciou o que eu precisava, mas antes que eu me afastasse ela me disse: "Mas é bom você pensar por que você causou isso".



Eu fiquei chocada! "Como assim?" Tive vontade de perguntar. "Vocês cometem um erro e a culpa é minha? A sua secretária devia ter passado a minha ficha junto com as outras, ela devia ter conferido tudo, era o trabalho dela, não  meu. Então por que eu deveria pensar que a culpa é minha?" Muita coisa me passou pela cabeça naquele momento, daí lembrei que eu estava num curso de holística, com certeza as coisas eram vistas de uma perspectiva diferente ali, e em vez de argumentar fiquei olhando para ela e depois me afastei. Mas pensei no que ela me disse durante o resto do dia, e continuei pensando quando cheguei em casa, e no outro dia quando acordei, e até hoje ainda penso nas palavras dela toda vez que algo sai diferente do que eu gostaria: "De que forma você provocou isso, Márcia?"


Hoje já não penso mais em culpa. Culpa é uma palavra inadequada, responsabilidade é melhor. E hoje sei que sou 100% responsável por tudo o que acontece na minha vida. Não tenho culpa, mas tenho responsabilidade porque de alguma forma contribuí para que aquilo acontecesse. De alguma forma, mesmo sem perceber ou sem desejar de fato, eu permiti que as coisas se encaminhassem para aquele desfecho. E no momento em que assumo isso tudo fica mais fácil, porque deixo de desperdiçar uma energia enorme na tentativa de encontrar um culpado e me concentro no que realmente importa, que é buscar a melhor alternativa para solucionar o problema.

Quando me coloco no papel de vítima, estou dando a outra pessoa poderes de decisão sobre a minha vida. Já quando assumo que eu sou responsável, entendo que eu mesma devo encontrar o caminho. Então, errando ou acertando, eu faço as escolhas, sempre. E escolher olhar para dentro de mim mesma em vez de procurar fora de mim, já é um grande começo.

Acredite, tudo fica mais simples quando você assume total responsabilidade por tudo o que está na sua vida. Coisas boas ou ruins: você criou, você provocou, você permitiu. A parte boa é que se foi você quem fez, então você pode corrigir. E desta forma se sentir mais livre, mais forte e mais atento para fazer escolhas melhores no futuro.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Amigurumi - Xerife Callie

Concluído mais um trabalho de muito amor!

Xerife Callie no Oeste (Sheriff Callie's Wild West), é o primeiro desenho para crianças situado no velho oeste. Callie é uma gatinha, xerife da cidade de Recanto Amigável e Feliz, que ao lado de seus amigos mantém a paz e ensina a arte da boa vizinhança a todos os habitantes da cidade. Juntos eles passam valiosas lições de amizade, solidariedade e de como é importante viver em harmonia.

Esse foi o tema da festa de aniversário da minha sobrinha de 4 anos. Quando ouvi o nome perguntei: xerife o quê? Eu não conhecia. Nunca tinha ouvido falar. Isso tem acontecido muito comigo ultimamente, recebo umas encomendas e tenho que correr no google para ver do que se trata. Outro dia foi o "Creeper do Minecraft", meu próximo desafio, de quem eu também nunca tinha ouvido falar...

E assim eu vou me renovando também, através da arte e do amor. Adoro fazer esse trabalho personalizado, criando minhas próprias receitas, tendo como referência uma imagem, uma ideia, e total liberdade de criação. Aí está o verdadeiro valor do artesanato: a entrega do artesão, o cuidado com cada detalhe e um trabalho final exclusivo, único.

Espero que vocês gostem da minha versão da Xerife Callie!

 

 


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O que você faz para ser feliz?


Neste início de ano, passada a euforia das festas e já voltando à velha rotina, fica ainda a sensação de que algumas coisas serão diferentes. As decisões tomadas nos últimos dias de 2016, o compromisso assumido de fazer as correções necessárias para seguir no rumo desejado, a vontade de vencer os desafios, tudo isso nos enche de determinação e coragem.

Aproveito essa energia favorável para refletir sobre um assunto que, com certeza, está em dez de cada dez pedidos para 2017: a felicidade. Tema que tem tudo a ver com a minha busca e com o que tenho encontrado nas minhas descobertas com os trabalhos manuais, especialmente o amigurumi. Começo com um poema de Rabindranath, citado por Osho, em seu livro Liberdade – A Coragem de Ser Você Mesmo,  que transcrevo a seguir:
“Tenho buscado e procurado Deus desde quando consigo me lembrar, por muitas, muitas vidas, desde o próprio início da vida. De vez em quando eu o avisto nas proximidades de uma estrela distante e me rejubilo e danço ao ver que essa distância, embora imensa, pode ser transposta. E empreendi a jornada e alcancei a estrela; mas, no momento em que a alcancei, Deus já havia passado para outra. E assim foi durante séculos.

“O desafio é tão grande que eu continuo a esperar sem esperanças... Tenho de encontra-lo, estou tão entretido nessa busca! A própria busca é tão intrigante, tão misteriosa, tão fascinante que Deus passou a ser quase uma desculpa – a busca passou a ser, ela mesma, o objetivo.
“E, para a minha surpresa, um dia cheguei a uma casa, numa estrela distante, com uma pequena inscrição diante dela dizendo, ‘Esta é a casa de Deus’. A minha alegria ultrapassou todos os limites – então finalmente eu tinha chegado! Subi correndo os degraus, eram muitos degraus que levavam até a porta da casa; mas, a medida que ela foi ficando mais próxima, um medo repentino se apossou do meu coração. Quando eu estava prestes a bater, estanquei com um medo que eu nunca conhecera, nunca imaginara, nunca sonhara ter. O medo era: se esta de fato é a casa de Deus, então o que farei depois de encontra-lo?

“Agora que a busca por Deus se tornou a minha vida, encontrá-lo será suicídio. E o que eu farei com ele? Nunca pensei em nada disso antes. Deveria ter pensado antes de iniciar a busca: o que eu farei com Deus?
“Eu peguei os meus sapatos nas mãos e, silenciosamente, desci os degraus bem devagar, com receio de que Deus ouvisse o barulho e pudesse abrir a porta, dizendo: ‘Aonde vai? Estou aqui, entre!’. E ao chegar aos degraus, corri como nunca. Desde então tenho buscado por Deus, procurando-o em todas as partes – e evitando a casa onde ele realmente mora. Agora sei que tenho de ficar longe daquela casa. E continuo a minha busca, apreciando a própria jornada, a peregrinação.”


Esse poema é muito profundo!

Quando falamos de felicidade e desejamos tanto ser felizes, precisamos estar atentos para não fazer da busca, o nosso objetivo. E cuidar para não procurar somente nos lugares onde sabemos que não vamos encontra-la.

Às vezes procuramos pela felicidade no outro, outras vezes achamos que ela depende de algo que ainda não temos, mas a verdade é que, como disse o poeta, “...a felicidade está sempre apenas onde a pomos, e nunca a pomos onde nós estamos”.

Nietzsche já dizia que uma era de felicidade simplesmente não é possível porque as pessoas querem apenas deseja-la, mas não possuí-la. E desejar a felicidade não basta para ser feliz. Porque felicidade não tem a ver com o que a gente quer, não tem a ver com o que a gente tem ou não tem, tem a ver com o que a gente é. Felicidade não depende de nada que venha de outro, não depende de nada que venha de fora, não está no tempo que temos ou que não temos, está no momento em que vivemos.

Então, neste ano de 2017, sabendo qual é a ‘casa’ onde mora a sua felicidade, não vá olhar para todos os lados e se esquecer de olhar para si mesmo. Não vá fazer mudanças externas quando o que precisa ser mudado está dentro de você. Assuma a responsabilidade por tudo o que te acontece e apenas viva. Tenha um caminho de luz. E seja Feliz!
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